A lavradora Silvânia Mota da Silva, mãe de cinco crianças levadas
irregularmente para adoção no município baiano de Monte Santo, declarou
nesta terça-feira (30), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do
Tráfico de Pessoas, que só foi informada sobre a entrega da guarda dos
filhos a outras famílias quando representantes do conselho tutelar
tiraram as crianças de casa. O juiz substituto da Vara Criminal do Fórum
da Comarca de Monte Santo, Luiz Roberto Cappio Guedes Pereira, informou
que anunciará, até o início de dezembro, sua decisão sobre o caso. De
acordo com o juiz, há irregularidades no processo, mas é precisos ouvir
todas as partes, inclusive as crianças. Uma advogada do Centro de Defesa
da Criança e do Adolescente da Bahia (Cedeca), Isabela da Costa Pinto
Oliveira, acompanhou Silvânia na CPI. A mãe contou aos deputados que
andava pelas ruas quando representantes do Conselho Tutelar de Monte
Santo a informaram da perda da guarda dos cinco filhos. “Fui ao conselho
tutelar e ninguém me informava nada. Fui, falei com a promotora e ela
disse que eu precisava de um advogado para ter informação sobre meus
filhos”, acrescentou Silvânia, que também lembrou que seu filho mais
velho, que na época tinha 7 anos, chegou a fugir da casa para não ser
levado. Para a advogadada Cedeca, a rede de proteção da criança e do
adolescente de Monte Santo cometeu falhas em série. “O mínimo que o
Estado brasileiro tem de fazer é providenciar o retorno dessas
crianças", disse Isabela.
BN Noticias
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