Missionário acusado de manter esposa em cárcere privado fala ao Tribuna de Itapetinga

O Tribuna de Itapetinga conversou na tarde desta terça-feira  (12), com Ricardo Oliveira, acusado pela família  de sua esposa de mantê-la  em cárcere privado na  Avenida Tancredo Neves,  Nova Itapetinga.  Uma queixa foi prestada pelos familiares da  jovem  de 22 anos, na 21ª Coorpim, onde a vitima  chegou a dizer que o acusado a deixava com fome, era violento e já teria até mesmo a ameaçado com a arma de um policial amigo dele.

Acompanhe agora a versão do acusado em entrevista ao Tribuna de Itapetinga

Ela  me acusou de mantê-la em cárcere privado desde novembro de 2012 data em que nos casamos, porém isso não procede pois testemunhas declararam que ela sempre vivia nas casas e até trabalhava em um salão de beleza como manicure no Bairro Camacã.  Nós nos conhecemos em Eunapolis em março de 2011 numa Igreja onde eu ministrava a palavra de Deus, namoramos e dia 3 de setembro de 2011 ficamos noivos, em  14 de novembro  nos casamos aqui  em Itapetinga, a cerimônia foi realizada pelo   Pastor Edmilson de Assis da Assembléia de  Deus Madureira, foi um culto marcado pela presença de   vários pastores da cidade, desde então até este sábado tínhamos uma vida normal, ela sempre caseira devido ter vindo da roça, mas sempre saia quando tinha que sair, trabalhou no salão uma semana e   depois voltou a ficar em casa, dormia até as 13 ou 14hs, “eu que fazia o almoço”.

Até ai tudo bem, porém no sábado ela saiu meio dia de casa dizendo que iria ver um emprego,
eu fiquei,  por volta das 20hs ela voltou depois de ter  visitado o Pr. Isaque da 2ª Igreja Batista congregação do Américo Nogueira, e quando foi no domingo pela manhã as 07:30hs eu tive que ir na igreja onde congregamos para limpar o templo para um encontro de jovens e tranquei o portão e levei a chave comigo, pois eu sabia que viria logo e ela estaria dormindo como de costume, para eu não ter que ficar chamando achei melhor levar a chave comigo, por volta das 10hs da manhã estava retornando pra casa quando ao chegar no Posto de Saúde da Nova  recebi uma ligação de um amigo vizinho que me relatou o que estava acontecendo em minha casa, carros de policia e a família dela toda lá, ela mesma   declarou que era  mantida em cárcere privado.  Isso não procede, mesmo porque  na qualidade de servo de Deus não sou a favor de tal atitude.

O Tribuna indagou Ricardo sobre a denúncia de espancamento, ele relatou que ela que o acusou disso e devia ter feito corpo de delito, e deu sua versão sobre a ameaça com arma de fogo e também sobre manter a vitima sem alimento.  Veja: 


“Ela chegou a dizer que eu a deixava  sem alimentação, sendo que era eu  quem fazia o almoço, e pelo fato de não termos geladeira eu só comprava algumas coisas no dia e perto da hora do almoço para não estragar, como ela deixou muitas coisas estragarem devido ficar dormindo o tempo todo, então  achei melhor fazer assim, disse ainda que eu a ameacei  com uma arma de fogo, mas isso foi mais uma mentira, pois ela ainda disse o nome do dono da arma.  que seria de um policial amigo meu, na mesma hora ele  foi chamado para esclarecer o fato".
  Na manhã desta terça-feira (12), acompanhado de um advogado Ricardo se apresentou no Complexo Policial onde foi ouvido e liberado.  Ricardo terminou a entrevista falando das dificuldades que vai enfrentar  no seu ministério e já sente a ausência  da família evangélica de Itapetinga. E relatou que foi escolhido por Deus para pregar o evangelho pelo Brasil e que a jovem esposa veio só para derrubá-lo e destruir sua imagem.