A grande Poeta como sempre será lembrada Marvione Macêdo, morreu nesta tarde de sexta-feira (04) aos 74 anos em Itapetinga, segundo informações do Hospital Cristo Redentor ela deu entrada no HCR apresentando um grave quadro de Cardiopatia e acabou falecendo. O corpo de Marvione será velado no cerimonial da Pax Perfeição
Biografia
Itapetinguense de alma, é filha de Donaciano Macêdo (in memoriam) e
Iracy Antunes Macêdo. É pisciana, voltada com paixão para o incentivo
às artes, encontrou na poesia sua realização maior. Tem dois livros de
poesia: Recado (1979) e Andanças (1994). Participa constantemente na
Antologia Poética Nacional de João Scortecci Editora, inclusive nas
edições especiais para a 13ª e 14ª Bienal Internacional do Livro de
São Paulo. "Escrevo versos, não sou poeta, ajudo a manter acessa a
chama da poesia". Numa demonstração de bem querer à cultura da
cidade coordena a Antologia dos Poetas de Itapetinga.
Alguns de seus Poemas
DESAFIO
Poeta,
de joelhos
te entrego minha alma,
ora amarga, agonizante,
sem riso, sem cantar,
ora desafiando a chuva,
a noite, o dia,
com vontade imensa de gritar
a alegria do encontro.
Poeta,
te entrego a minha alma.
Faze dela um canto
sem lamento.
Faze dela um poema,
uma canção
ou, quem sabe,
uma rosa em plena primavera,
uma gota d'água na chuva de verão,
um raio no nascer do sol,
uma estrela ao anoitecer,
uma palavra no mais profundo silêncio.
Dose-a de muito amor
para não perecer.
Poeta,
faze da minha alma
a alegria da verdade.
Biografia
Itapetinguense de alma, é filha de Donaciano Macêdo (in memoriam) e
Iracy Antunes Macêdo. É pisciana, voltada com paixão para o incentivo
às artes, encontrou na poesia sua realização maior. Tem dois livros de
poesia: Recado (1979) e Andanças (1994). Participa constantemente na
Antologia Poética Nacional de João Scortecci Editora, inclusive nas
edições especiais para a 13ª e 14ª Bienal Internacional do Livro de
São Paulo. "Escrevo versos, não sou poeta, ajudo a manter acessa a
chama da poesia". Numa demonstração de bem querer à cultura da
cidade coordena a Antologia dos Poetas de Itapetinga.
Alguns de seus Poemas
DESAFIO
Poeta,
de joelhos
te entrego minha alma,
ora amarga, agonizante,
sem riso, sem cantar,
ora desafiando a chuva,
a noite, o dia,
com vontade imensa de gritar
a alegria do encontro.
Poeta,
te entrego a minha alma.
Faze dela um canto
sem lamento.
Faze dela um poema,
uma canção
ou, quem sabe,
uma rosa em plena primavera,
uma gota d'água na chuva de verão,
um raio no nascer do sol,
uma estrela ao anoitecer,
uma palavra no mais profundo silêncio.
Dose-a de muito amor
para não perecer.
Poeta,
faze da minha alma
a alegria da verdade.
DESPERTAR
Desperto
gigantes
e alma do povo
sempre novo
no supervalorizar-se
egoísta,
no seguir a pista.
Sujeitos eternos,
descobertos anônimos,
sem caminho,
sem destino.
Ambulantes andantes,
inefastos imprevistos
sem improvisos.
Imagens sem sonho.
Porvir sem esperança.
Seus versos dormitavam
sem existir.
Se vi e cri.
Levantei-te, caminhante.
Dá-me a mão,
Nem cego sois.
Tens meu perdão.
PERMISSÃO
Não é permitido
ao poeta chorar.
Ele é deus da palavra,
flor do jardim,
doçura da voz,
riso gostoso, solto e claro.
O poeta
é a canção de ninar,
o sonho, a natureza.
É dono da pureza,
miosótis que perfumam o campo.
Subitamente, em todo instante,
o beijo amante,
a prece ao longe,
o belo, o bom,
o horizonte novo.
Mais adiante,
o dito definitivo,
a força, o abraço,
o suspiro distante,
o encantamento do pôr-do-sol.
Alheio,
decide a sorte.
Não olha para trás
de maneira fugaz,
deixa a lágrima rolar na face.
Só é permitido
ao poeta chorar.
0 comentários:
Postar um comentário