Em 2008, o prefeito Zé Carlos Moura, teve a maior vitoria eleitoral dos últimos anos, senão a maior da história de Itapetinga, mas a oposição usou todos os tabuleiros de uma peça de jogo para não permitir uma vitória do prefeito na Mesa da Câmara. Elegemos presidente Marcos Gabrielli que embora no PT não fosse o candidato do prefeito, que na oportunidade tinha escolhido Alfredo Cabral, que desistiu de última hora para apoiar Zenaide Novais. Em 2010, novamente a oposição marcou ponto. Com o apoio de PC do B, DEM, PT E PSC e PMDB, (Gilson de Jesus, Naara Duarte, Chiquinho, Bahia, Chico Ferro Velho, Marcos Gabrielli, Alfredo Cabral e João de Deus), foi eleito João de Deus Para o biênio 2011/2012.
Em 2012, o resultado eleitoral, todos sabem: Zé Carlos foi reeleito com apenas 43% dos votos, na casa dos 15 mil votos enquanto os votos colhidos pela oposição ultrapassaram 18 mil. A chapa Arnaldo e Geraldo passou dos 7 mil e a de Kátia e Gílson de Jesus mais de 11 mil.
No resultado ficou patente a insatisfação de 18 mil eleitores com o prefeito, que neste caso foi eleito pela minoria da cidade, enquanto em 2008 teve mais voto que toda oposição.
Neste quadro seria natural a direção do poder Legislativo ficar com a oposição. No passado em situação adversa com a vantagem do prefeito, os líderes partidários foram inteligentes, compondo com vereadores governistas para se fortalecer, o que se verificou agora, foi uma FALTA DE SABEDORIA POLÍTICA, por alguns líderes da oposição, sem citar nomes (não precisa relatar nomes, pois todos sabem quem lidera quem na oposição). Esses líderes liberaram os vereadores para fortalecer a chapa governista, entregando, sem esforço algum a presidência da Câmara. O prefeito agora, após um período de dificuldades, com CPI e escândalos, passa a controlar os dois poderes, navegando em águas “tranquilas”, após os escândalos de desvio de mais de 1,5 milhões do Fundeb e licitações viciadas, sem contar as irregularidades apontadas pela CPI Bernardo Vidal e pelo Ministério Público.
Os vereadores Naara Duarte, João de Deus e Gilson de Jesus ao lado do Prof. Renan e Jerry do PC do B, tudo fizeram para o fortalecimento da Câmara enquanto poder independente. Foram vencidos pelo fisiologismo e a falta de lucidez política de determinados líderes que não mais controlam suas bancadas e são forçados a acompanhar os novos vereadores, sem compromisso com a oposição e fidelidade partidária.
Penso que haverá uma reflexão sobre estes desdobramentos ou a maioria da população estava errada quando mesmo dividida a oposição, votou em massa contrária ao poder instalado?
Como ficam os que se dizem de oposição municipal e a nível estadual e que agora fortalecem o governo com apoio ao nome apoiado pelo prefeito. Ficarão com que discurso para a sucessão de 2014? Situação difícil de explicar! Quanto à incômoda posição do meu partido, o P C do B, que sendo aliado do governo estadual, não deixa pairar dúvida sobre seu papel de opositor ao poder local e não é àtoa que o prefeito joga duro com nosso time, conseguindo com sua força tirar o único cargo que o nosso partido tinha, a gerência do CSU no Governo Wagner. Nosso caminho a trilhar é o da coerência e sabedoria sem igualar aos demais.
Gílson de Jesus
Ex-vereador e membro da Executiva do P C do B
Por Gilson de Jesus
0 comentários:
Postar um comentário