Com mais assinaturas que necessário e já
lida em plenário pelo próprio presidente do Senado Federal, a CPI dos
Erros Médicos e Planos de Saúde, como ficou conhecida, já é uma
realidade. No momento os partidos estão indicando os membros, mas Magno
Malta foi confirmado presidente e aguarda o nome do relator e titulares
que serão anunciados pelas lideranças de cada partido.
São inúmeras denúncias que chegam ao
senador Malta, um quadro de horror, que vai desde pacientes mutilados,
eutanásia – fato ocorrido em Curitiba – precariedade do Sistema Único de
Saúde (SUS) colocando vida em risco e planos de saúde que vendem mais
não entregam o que prometem. “Tenho coragem para mudar este quadro,
conto com apoio político e também dos movimentos organizados da
sociedade que não suportam mais a péssima qualidade desse serviço
considerado essencial para a população”, explicou Malta.
A diretora médica da Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico, o segundo maior de Curitiba,
Virgínia Helena Soares detida em operação que investiga a prática de
eutanásia, revelou uma crise que comoveu o Brasil. “Várias mortes,
médicos presos e muitas denúncias que precisam de mais esclarecimento
público. A CPI vai aprofundar nesta realidade em todos os estados
brasileiros. Vamos ouvir os sindicatos, os pacientes e visitar os
hospitais”, frisou Magno.
Quanto aos planos privados, já existe um
documento do Ministério da Saúde com graves acusações. Inclusive o
jornalista Elio Gaspari escreveu em sua coluna que: “O problema dessa
atividade comercial não está no excesso de impostos, muito menos na
falta de financiamentos. No ano passado a Agencia Nacional de Saúde
(ANS) suspendeu temporariamente a venda de 396 planos de 56 operadoras
porque elas simplesmente descumpriam os contratos. Descumprem os
contratos porque vendem o que não entregam. Existem planos de saúde de
R$ 56 mensais e, nos corredores da privataria, há um projeto de venda
maciça de planos a R$ 90. O truque é simples: a rede privada fatura e,
quando o freguês adoece, as linhas finas do contrato mandam-no para a
rede pública. Desde 1998 as operadoras de planos conseguiram esterilizar
as iniciativas destinadas a fazer com que o SUS seja ressarcido pelo
atendimento à clientela do setor privado. Para isso, usam poderosas
equipes de advogados, parlamentares e uma junta de médicos pessoais dos
mandarins do Planalto que, quando adoecem, fogem da rede pública como
Asmodeu da cruz”.
Para o senador Magno Malta é gravíssima a
situação denunciada pela própria imprensa e não foi investigada. “No
meu Espírito Santo, há mais de 10 anos, a maior dificuldade que a
população, de todos os segmentos sociais, enfrenta é o atendimento
médico. Inclusive, segundo pesquisa do jornal A Gazeta, o caos na saúde é
o problema número um, deixando a segurança pública em segundo lugar.
Magno Malta revelou que no relatório da
ANS consta acusações de assassinatos de sindicalistas e sérias denúncias
contra a máfia dos planos privados. Muitos estão sendo descredenciados e
suspensos. “Vamos separar os sérios dos planos que enganam a população.
A expectativa é de que com a indicação do relator e outros titulares
estaremos realizando as primeiras sessões ainda este mês”, acentuou
Malta.
“Com tanta impunidade, pessoas que estão
com sequelas pelo resto da vida sofrendo pela omissão, negligência,
falta de condições técnicas e recursos humanas, resolvemos instalar mais
esta CPI que vem para mudar para melhor esta triste situação no país”,
prometeu senador Magno Malta.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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