domingo, 21 de outubro de 2012

Interior da Bahia sofre com ausência de médicos

Nesta semana, recebi um email, enviado por um leitor do blog, relatando as enormes dificuldades encontradas para receber atendimento médico nos hospitas de Itapetinga e Região. Segundo ele, no último domingo (14), às 10h, 40 pacientes, entre crianças, jovens, adultos e idosos, esperavam na fila de emergência a fim de terem o diagnóstico de um médico que ainda estava vindo de Conquista para atender. Uma situação delicada que, a depender do caso, pode custar a vida de uma pessoa.
A situação acima retrata perfeitamente o caos que vive a saúde pública em quase todo o interior da Bahia. Sem estrutura adequada, medicamentos, leitos e profissionais suficientes, os hospitais não dão conta da demanda e funcionam precariamente.
De todas as carências, a mais sentida é a falta de médicos. Na Bahia, há 17.780 profissionais, um número considerado bom. Contudo, apenas 35% atua fora da capital, uma média de 0,57 para cada grupo de mil habitantes. Uma concentração ainda mais acentuada se considerarmos que boa parte deles trabalha na rede privada, o que dificulta a vida dos usuários do SUS.
As causas para o desinteresse dos médicos pelo serviço público são a falta de investimentos do Executivo estadual na melhoria das condições laborais e a ausência de uma política de valorização de quem trabalha no interior. Já mostrei iniciativas interessantes do governo federal para resolver esse problema, a exemplo da campanha “Médico mais perto de você”, que oferece incentivos a profissionais da área de saúde para que eles atuem no interior e em bairros mais populosos das metrópoles.
Infelizmente, o governo da Bahia, apesar de ser do mesmo partido da presidente Dilma, não tem conseguido acompanhar esses avanços. Aqui, a falta de iniciativa faz com que milhares de baianos de municípios menores padeçam com a falta de serviços médicos e clínicos básicos, tais como um raio X e ultrassonografia, disponíveis somente em cidades mais desenvolvidas.
A Bahia e os baianos merecem uma saúde melhor e mais acessível já. Dessa forma, histórias como a relatadas no início do texto deixarão de ser regra e serão exceção. É hora de pôr a mão na massa, governador!

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